Equipe do Programa do Ratinho chega ao Marajó para gravar sobre as belezas de Afuá

Afuá, uma cidade sobre palafitas.

A equipe do Programa do Ratinho, do SBT, chegou em Afuá neste fim de semana, para gravar um especial sobre as belezas da "Veneza Marajoara". Afuá localiza-se na ilha de Marajó, no estado do Pará.

A equipe do programa, captaneada pelo repórter Arthur Veríssimo, que vem pela segunda vez em Afuá, visitou a Muralha (uma das maiores árvores do Brasil), filmou sobre o bicitaxi e entrevistou alguns moradores.

Afuá é a cidade das bicicletas.

A cidade chama a atenção por ser erguida sobre palafitas e não possuir veículos motorizados em suas ruas. A bicicleta é o único meio de transporte urbano. A partir dela, foram surgindo vários modelos como o triciclo e o famoso Bicitaxi, invenção local que é a junção de duas bicicletas.

Bicitaxi. Um veículo que faz parte da identidade de Afuá.

Segundo Valter Leite, diretor de externa do programa, "Afuá, além de não ter veículos motorizados, aqui não tem poluição, você respira um ar puro, tem um peixe bom, um camarão bom, o povo é hospitaleiro" declarou o diretor.

Entre os moradores entrevistados, está a cantora, compositora, escritora, ativista cultural e influencer ribeirinha, Rose Show Energizada, que contou a história do Município de Afuá e também cantou suas músicas autorais. A cantora foi elogiada pelo diretor de externa do programa, "uma mulher histórica, que canta o carimbó, uma verdadeira artista", declarou.

Rose Show Energizada ao lado do repórter do programa, Arthur Veríssimo.

A cidade também já foi destaque em vários programas de outras emissoras, como Domingão do Faustão, Fantástico e Mais Você. 

Afuá é conhecida como a Veneza do marajó devido aos frequentes alagamentos do solo e até das ruas. A cidade chama a atenção da mídia e é frequentemente visitada por equipes de tv, jornais e revistas do mundo todo. Em 2018, uma tv do Canadá esteve na cidade para gravar um documentário. TVs da china e Japão também estiveram em Afuá para descobrir como é viver em uma cidade sem carro e sobre palafitas.

Cidade alagada na época das cheias dos rios. Esses alagamentos não causam panico na população.

Conheça a Igreja Matriz de São João Batista em Curralinho

Vista da orla de curralinho. Em destaque está a linda construção da igreja de São João Batista, às margens do rio Pará. Foto: Jota Barbosa

A igreja de São João Batista ou igreja Matriz como é comumente conhecida na cidade de Curralinho, que fica localizada na Ilha de Marajó, no Pará, foi construída em meados do século XIX, por volta de 1865. Quase não se têm registros de sua edificação.

Mas, o que se sabe, é que com a elevação do povoado de São João Batista em 1865 à categoria de freguesia, sentiu-se a necessidade de se construir um templo religioso capaz de atender toda a comunidade católica e, para bem homenagear seu Santo padroeiro, São João Batista, daí seu nome.

Partindo desta ideia, os grandes comerciantes curralinhenses estimulados pelos lucros obtidos com a extração da borracha, que na época era o principal produto da Amazônia, decidiram investir na construção de uma igreja digna de seus ganhos e de suas crenças. Deste modo, o tenente-coronel da Guarda Nacional, Domingos Francisco Cerdeira, intendente de Curralinho, foi quem decidiu a empreitada, encabeçando as coletas entre os seringalistas, madeireiros, coletores de drogas do sertão e a gente simples do local, que também contribuíram com o que tinham.

Foto: Jota Barbosa

Sob a orientação do bispo do Pará, foi iniciada a construção de uma imponente igreja, decidiram que iriam fazer o mais belo e mais majestoso templo cristão de toda a região, para isso adotaram o estilo arquitetônico neoclássico, e não economizaram dinheiro nem bom gosto na hora de construir.

A torre compõe-se de três estágios. A parte aberta da torre da igreja, onde estão os sinos (o campanário), há uma escada com vista para os quatro quadrantes da cidade, sobre a entrada principal três ornamentos representado a Santíssima Trindade, a parte central da igreja é ornamentada com dez colunas.

Foto: Jota Barbosa

A igreja já foi restaurada mais de uma vez, nas ultimas recebeu novas luminárias. Os traços da arquitetura não passam despercebidos aos olhos de quem a ver, desde a fachada externa, o teto, as colunas de sustentação, as portas e janelas, até o altar, podemos ver que foi construída para ser a mais bela igreja da região.

A construção levou quase dois anos. Após ficar pronta, em pouco tempo, mais precisamente no dia 07/06/1867* foram realizados os primeiros batizados e no dia 15/06/1867 os primeiros casamentos. Segundo informações, já passaram pela igreja mais de 60 padres.

Foto: Jota Barbosa

Um dos acontecimentos mais marcantes foi quando o padre Aléssio Sacardo, assumiu a paróquia como vigário em 06 de julho de 1982 o qual prestou grandes serviços a comunidade e hoje é nosso bispo.

Algumas fontes dizem que a igreja foi construída em 1865, outras citam o ano de 1906. O fato é que essa igreja é reflexo da política da Belle Époque em Curralinho. E todos dos anos, no mês de junho, acontece a grande festividade de São João Batista.

Veja mais algumas fotos da igreja pelas lentes do fotógrafo Jota Barbosa.

A Muralha, uma árvore de raízes gigantes em Afuá-PA

Samaúma, a rainha da floresta Amazônica. Foto: Jota Barbosa

Neste mês de setembro (dia 05) comemora-se o dia da Amazônia e gostaria de homenagear este dia com as fotos da magestosa rainha da floresta, a Samaúma!

Em Afuá esta árvore ganhou o apelido de "Muralha", por causa do tamanho de suas raízes que são gigantes! Que se alongam da terra e formam verdadeiras muralhas de mais de três metros de altura. Pessoalmente ela é ainda mais exuberante e enorme! Sua beleza atrai turistas do mundo inteiro.

Foto: Jota Barbosa

A Samaúma, cujo nome científico é Ceiba Pentandra, é considerada a árvore rainha da floresta Amazônica. A “mãe-das-árvores” é conhecida pela imensidão do tronco — que pode ter vários metros de diâmetro — e pela capacidade de retirar água das profundezas do solo para abastecer não apenas a si mesma, mas também para irrigar outras espécies da região.

Foto: Jota Barbosa

Foto: Jota Barbosa

Elas são conhecidas como o telefone ou GPS da floresta, pois, os ribeirinhos quando estão perdidos na mata, as usam para se comunicarem, batendo com pedaços de madeira na raiz, chamada de Sapopemba, provocando sons que são ouvidos a quilômetros de distância, denunciando assim a localização da pessoa. Esta árvore atinge facilmente portes gigantescos, neste caso 60 metros de altura. 

As raízes são chamadas de Sapopembas. Foto: Jota Barbosa

Foto: Jota Barbosa

Para se ter noção da dimensão da base dessa árvore, em 2011 um grupo de universitários fizeram uma excursão até a mesma  e organizaram um círculo de pessoas em seu entorno com o intuito de dar-lhe um abraço simbólico, para que isso acontecesse foram necessárias 80 pessoas de mãos dadas. 

Grupo de universitários abraçando a árvore em 2011.

Muitos mistérios também rondam esta árvore, há relatos de pessoas que ouvem gritos, vozes e ruídos estranhos durante a noite, algumas pessoas já viram até vultos. 

Uma árvore fascinante, um verdadeiro patrimônio natural e histórico da floresta nas várzeas de Afuá.

Confira mais algumas fotos dessa exuberante árvore pelas lentes do fotógrafo Jota Barbosa.